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Foto do escritorMente Compassiva

Compassion Is Not a Benzo

Distinctive Associations of Heart Rate Variability With Its Empathic and Action Components

 

Di Bello, M., Ottaviani, C., & Petrocchi, N. (2021). Compassion Is Not a Benzo: Distinctive Associations of Heart Rate Variability With Its Empathic and Action Components. Frontiers in neuroscience, 15, 617443. https://doi.org/10.3389/fnins.2021.617443

 

Compaixão significa amor?


Muitas pessoas cometem esse equívoco devido à influência de diferentes tradições religiosas e psicológicas. Entretanto, estudos demonstram que a compaixão é uma motivação de alívio do sofrimento de si e do outro e não deve ser confundida com emoções positivas calmantes.


Um estudo desenvolvido por Maria Di Bello, Cristina Ottaviani e Nicola Petrocchi em 2021 examinou a associação entre a VFC (Variabilidade da Frequência Cardíaca, um importante marcador fisiológico para a saúde geral e a conexão corpo-mente), a sensibilidade empática e os componentes da compaixão. Na prática, os pesquisadores solicitaram que os participantes descansassem para uma avaliação de ECG (Eletroencefalograma), e, em seguida, foi apresentado um vídeo de 2 minutos e 30 segundos, o qual representou uma condição de “sensibilidade empática”. Isso foi seguido por uma avaliação de recuperação pós-vídeo de 2 minutos. Na sequência, os participantes foram instruídos a relaxar por mais 1 minutos e 25 segundos. Depois disso, os pesquisadores solicitaram que os participantes assistissem a um segundo vídeo também de 2 minutos e 30 segundos, o qual representou uma condição de “ação compassiva”. Isso também foi seguido por uma avaliação de recuperação pós-vídeo de 2 minutos.


Cada vídeo provocou um dos dois componentes específicos da compaixão: sensibilidade empática pelo vídeo 1 e intenção de realizar ações úteis pelo vídeo 2. No vídeo 1, cenas de sofrimento de outras pessoas foram apresentadas junto com frases curtas descrevendo os pensamentos de cada indivíduo em sofrimento, visando facilitar a sintonia empática com eles. O vídeo 2 mostrava cenas de uma pessoa ativamente engajada em ajudar e apoiar outras pessoas que sofriam. Os participantes tiveram que prestar atenção, permitindo-se vivenciar pensamentos e sentimentos, ao mesmo tempo em que assumem a perspectiva de quem presta ajuda.


Os resultados mostraram que a VFC diminuiu após o vídeo 1, mas aumentou significativamente após o vídeo 2. Quanto ao afeto momentâneo, o vídeo 1 foi acompanhado por um aumento da tristeza e uma diminuição do afeto positivo, enquanto o vídeo 2 foi caracterizado por um aumento da raiva, uma diminuição paralela na tristeza e um aumento no afeto positivo.


De forma geral, as descobertas atuais apoiam a noção de que a compaixão engloba o aumento da sensibilidade à dor emocional, que está naturalmente associada a uma VFC mais baixa, e a ação para aliviar o sofrimento dos outros, que está, em última análise, associado ao aumento da VFC.





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