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Terapia Focada na Compaixão

A Terapia Focada na Compaixão é uma terapia multimodal desenvolvida por Paul Gilbert, que tem como base diversas Terapias Cognitivo Comportamentais, e suas raízes na Psicologia Budista, Psicologia Evolutiva, Psicologia Social, Neurociência e Neurologia do cuidado. , que se utiliza de diversas práticas e intervenções para cultivar a compaixão.

A TFC se inspira em muitos ensinamentos budistas (especialmente os papéis de sensibilidade e motivação para aliviar o sofrimento), mas suas raízes derivam de uma abordagem evolutiva, neurocientífica e de psicologia social, ligada à psicologia e à neurofisiologia do cuidado. Tanto dar quanto receber cuidado.

Foi desenvolvida tendo como foco o tratamento de problemas de saúde mental considerados crônicos e complexos. Paul Gilbert percebeu a relação desses problemas com a vergonha e autocrítica, e como esses sentimentos dificultam a segurança emocional, e consequentemente o viver uma vida gratificante e com mais bem-estar. A TFC traz sua contribuição justamente para ajudar a compreender as nossas emoções, como podemos aprender a lidar com elas e os sentimentos que geram, de uma forma compassiva, entendo que todos nós sofremos e que só é possível superar isso com coragem para enxergar e enfrentar esse sofrimento. 

Não é uma proposta de evitação do que dói, na tentativa de afastar ou acalmar, é um convite a lidar com essa dor. Esse enfrentamento é feito através do treinamento da mente compassiva, utilizando diversas práticas e intervenções para cultivar compaixão e autocompaixão. Cada vez mais tem sido afirmada a potência do cultivo da compaixão para ajudar a melhorar nossa saúde emocional, aumentando os sentimentos de segurança e bem-estar.

 

Por quê cultivar compaixão?

 

A semente da compaixão é inata a todos nós. A Psicologia Evolutiva nos mostrou que o cérebro humano evoluiu para responder às experiências de cuidado com os outros e conosco. Porém, quando nos sentimos ameaçados, ou quando temos metas para alcançar, esse sistema de cuidado fica menos ativado, assim se torna importante desenvolver essa consciência sobre o nosso funcionamento mental e trabalhar para cultivar intencionalmente a compaixão em nossas vidas.

Quem é Paul Gilbert?

"A compaixão nos dá coragem e sabedoria para descender ao nosso próprio sofrimento"

Paul Gilbert é professor de psicologia clínica da Universidade de Derby e está envolvido ativamente na pesquisa e no tratamento de pessoas com transtornos de humor e vergonha há mais de 30 anos. Ele é ex-presidente da Associação Britânica de Psicoterapia Cognitiva e Comportamental e membro da Sociedade Britânica de Psicologia, e desenvolve a Terapia Focada na Compaixão (TFC) há 20 anos.

Gilbert, junto com alguns colegas, é o criador da Fundação Mente Compassiva (Compassionate Mind Foundation), instituída em 2006 como uma instituição de caridade internacional. Esta fundação acredita que um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta é como estimular maneiras compassivas de pensar e resolver problemas para o benefício de todos.

A Fundação Mente Compassiva promove uma abordagem evolucionista e biopsicossocial para a compaixão que agora forma o alicerce de uma psicoterapia (Terapia Focada na Compaixão) e do Treinamento da Mente Compassiva.Nos últimos 15 anos, foi observada uma expansão na base de evidências desta abordagem focada na compaixão, que objetiva o alívio das dificuldades de saúde mental e promoção do bem-estar. Desde então, esse enfoque está sendo usado internacionalmente em vários ambientes, incluindo hospitais, prisões, escolas e empresas.

Gilbert escreveu vários livros sobre o tema, dentre eles, traduzido para o Português "Terapia Focada na Compaixão" da editora Hogrefe.

Compaixão

​Uma definição clássica do Dalai Lama, conceitua a compaixão como  "uma sensibilidade ao sofrimento em si mesmo e nos outros com o compromisso de tentar aliviá-lo e evitá-lo". Os estudos científicos mostram que muito mais que bondade, a compaixão exige coragem, pois esse é um elemento fundamental para nos dispormos a ver o sofrimento em si, e suas causas, tanto em nós mesmos, como nos outros, vendo o sofrimento como parte da condição humana, e também envolve coragem para fazer algo para aliviá-lo.

“Podemos rejeitar tudo o mais: religião, ideologia, toda sabedoria recebida. Mas não podemos escapar da necessidade de amor e compaixão…. Esta, então, é minha verdadeira religião, minha fé simples. Nesse sentido, não há necessidade de templo ou igreja, de mesquita ou sinagoga, não há necessidade de filosofia, doutrina ou dogma complicados. Nosso próprio coração, nossa própria mente, é o templo. A doutrina é a compaixão. Amor pelos outros e respeito pelos seus direitos e dignidade, não importa quem ou o que sejam: em última análise, é tudo de que precisamos. Contanto que as pratiquemos em nossas vidas diárias, então não importa se sejamos eruditos ou desaprendidos, se acreditamos em Buda ou Deus, ou seguimos alguma outra religião ou nenhuma, desde que tenhamos compaixão pelos outros e nos conduzamos com moderação por senso de responsabilidade, não há dúvida de que seremos felizes.”

- Dalai Lama XIV

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